quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mudar ou não??? Eis a questão....



Eu tenho medo de que um dia as coisas mudem.

E que elas mudem pra pior.

Eu tenho medo por aqueles que amo, por saber que meu amor é tão intolerante e pequeno comparado ao tempo.

Tenho medo que um dia, esse mesmo tempo, seja capaz de apagar os meus amores. Medo de que eles diminuam com o tempo, e que o tempo tire de mim aqueles que mais me faltam.

Eu posso acordar amanhã e não mais lembrar... Eu posso perder aquela noite na calçada, jogando conversa fora... Posso perder aquele ultimo dia na 8º série, ou aquela música que nós dançamos naquele casamento de não sei quem.

Eu posso simplesmente esquecer.

Arquivar no meu inconsiente, e deixar de ser consiente de td aquilo que um dia eu fui.

Porque eu fui. Eu que já fui tão diferente por fora. Continuo em essencia.

Mas e se algum dia eu perder a essencia?

E se eu perder meus sonhos, as coisas que eu amo, as que eu aprendi a aceitar?

E se eu perder minha vontade de mudar o mundo? Se eu perder minha fé em pacificar o Oriente Médio?

E se algum dia eu deixar de amar como eu amo? Se o amor se tornar pra mim, o que é pra maioria das pessoas? E se eu parar de esperar?

E se minha mãe não me esperar mais no portão? Ou eu perder o número do seu celular?

Eu tenho medo de esquecer.

De acordar um dia e não lembrar de mais nada. De não lembrar de como eu já fui feliz, de como eu já sofri. De como eu já sonhei.

E se uma amnésia roubar de mim todos aqueles rostos, meus sabores favoritos de sorvete, o cheiro dos meus perfumes, as músicas que eu tanto amo, os filmes que eu nunca me canso de ver? E se eu me esquecer de chorar no fim do filme?

Se um dia eu amar alguém como eu desejo amar... E esse alguém simplesmente partir?

E se eu esquecer o tom da sua voz? Os detalhes do seu rosto?

Se eu nao lembrar da sua comida favorita, dos seus hábitos diarios, do telefone da sua casa?

Como eu sobreviverei sem isso?

Sem fotos, diários, beijos, livros, cd’s, filmes, frases com duplos sentidos, pedidos de desculpas, cheiro de Malbec, gosto de chocolate, sol, chuva fina, frio de julho, sabonete de pessego, blusa preta favorita, jeans surrado, chinelos, mão amiga, horóscopo diário, danone de uva e banana, trufa de maracujá, xadrez, matemática, portugues, Mãe, familia, amigos, trabalho?

Eu só não quero ter que encarar o vazio do quarto e me sentir sozinha, mesmo casada e com 3 filhos. Eu não quero uma vida tranquila. Eu quero ter do que me orgulhar e me arrepender. Quero ter motivos suficientes para não esquecer nem mesmo um segundo.

Quero poder partir com a certeza de que estou levando tudo que a vida pode me dar.

Levando voce, junto das ultimas batidas do meu coração.


by: Srtª Keh

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Happy Valentine's Day

A Walk to Remember :
"O amor é sofredor; é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."



Em homenagem ao ♥Valentine's Day♥ aqui vai um poste que eu roubei (desculpaa!) de um outro blog...


(http://nenamalheiros.blogspot.com/2008_12_01_archive.html)



Eu só queria um namorinho de portão (Tati Bernardi)

♥"Não, você não precisa ter o abdômen do mocinho da novela, afinal eu adoro meus peitos naturais que se mexem de leve quando eu corro e desaparecem um pouco quando eu emagreço demais. Acho até que posso ficar com sua barriga pra sempre, mas já faz tempo que não acompanho nem uma semana seguida de qualquer novela. Eu não quero que você me busque num super potente carro, eu só quero que quando você me beije, eu não deseje mais nenhuma força do universo. Estou pouco me lixando se o restaurante tem várias cifras no guia da Folha, mas gostaria muito que a gente esquecesse das mesas ao lado e risse a noite toda, eu até brindaria com água sem bolhinhas. Sério que tem uma pousada mega-master com ofurô em cima da montanha e charretes cor-de-rosa que trazem o café da manhã? Dane-se, se você conseguir passar, nem que seja algumas horas, encantado pela gente, essa será a maior riqueza que eu posso ganhar. Sim, a tecnologia é mesmo fantástica, só que hoje eu queria sumir com você para um lugar onde não pegue o celular, não pegue a internet, não pegue a televisão, mas que a gente, em compensação, se pegue muito. Sim, sim, música eletrônica é demais, celebrar a vida com os amigos é genial, pular bem alto é sensacional. Mas será que a gente não pode colocar um Cartola bem baixinho na vitrola e dançar sozinhos no escuro, só hoje? Será que a gente não pode parar de adjetivar o mundo e se sentir um pouco? Eu procuro você desde o dia em que nasci, não, eu não dependo de você nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado. Só que estamos com um problema: vai ser um pouco difícil a gente se conhecer porque tenho evitado sair de casa. Eu não odeio mais as garotas em série e seus namorados em série, eu não odeio mais a sensação de que o mundo está perdido e as pessoas lutam todos os dias para se parecerem ainda mais com o perdido ao lado, se perdendo ainda mais. Eu não odeio mais quem cuida do corpo mas esquece da alma, quem cuida do cabelo mas esquece da mente, quem cuida da superfície mas faz eco por dentro, quem coloca um peito de silicone mas esquece de dar mais uma chance ao amor. Eu não odeio mais a galera feliz em pertencer a um mesmo barco que não vai a lugar nenhum. Eu só acho isso tudo muito triste e prefiro não ver. Eu prefiro não fazer parte da feira que compete pra ver quem tem a casca mais bonita. Voando eu sei que você não vem, até porque eu jamais namoraria um super-homem: tenho horror a pessoas falsamente infalíveis. Não quero um homem que sempre vence, que sempre impressiona, que sempre salva e sorri impecável em dentes brancos e músculos ressaltados por um colan com as cores da bandeira americana. Você pode ter medo de monstrinhos imaginários e dormir com a porta trancada, pode ficar meio tristinho quando, numa festa cheia de amigos, lembrar que é sozinho no mundo, pode perguntar assustado no meio da noite “aonde você vai” mesmo sabendo que é só um xixi, pode até fazer piada com o seu medo de estar vivo, e pode, inclusive, ficar sério e quieto, de repente, por causa disso também. Não existe Orkut, não existe Messenger, não existe celular, não existe um supercelular que é máquina fotográfica, Orkut e Messenger ao mesmo tempo. Não existe o décimo quarto andar do meu prédio com 8 seguranças lá embaixo. Não existe a balada perfeita com 456 garotas iguais e programadas para te dar um amor levemente inexistente. Não existe esperar que a vida fique mais compacta, mais veloz, mais completa e mais fácil, assim como o computador. Existe essa coisa simples, antiga e quase esquecida pela possibilidade infinita de se distrair com as mentiras modernas do mundo. Existe o amor, mas onde ele foi parar depois de tudo isso? Eu não tenho um portão para te esperar, como minha avó um dia esperou pelo meu avô e eles ficaram juntos por 70 anos. Talvez eu também seja engolida por esse mundo que cria tantas facilidades para a gente não sofrer. Tenho medo de que tudo seja uma mentira e de verdade sinto que é, mas ainda acordo feliz todos os dias esperando que ao menos você seja verdade. "


♥♥♥ Happy Valentine's Day pra todo mundo!!! ♥♥♥


by: Srtª Caah